{"id":1982,"date":"2020-03-09T12:36:12","date_gmt":"2020-03-09T12:36:12","guid":{"rendered":"https:\/\/www.afibmatters.org\/o-que-o-meu-medico-pode-fazer\/como-prevenir-um-acidente-vascular-cerebral\/"},"modified":"2022-09-26T10:40:26","modified_gmt":"2022-09-26T09:40:26","slug":"como-prevenir-um-acidente-vascular-cerebral","status":"publish","type":"page","link":"https:\/\/www.afibmatters.org\/pt-pt\/o-que-o-meu-medico-pode-fazer\/como-prevenir-um-acidente-vascular-cerebral\/","title":{"rendered":"Como prevenir um acidente vascular cerebral"},"content":{"rendered":"

Porque \u00e9 que corro o risco de ter um acidente vascular cerebral?<\/h3>\n

\"\"<\/p>\n

Na fibrilha\u00e7\u00e3o auricular, a contra\u00e7\u00e3o auricular \u00e9 reduzida, causando o abrandamento ou mesmo a estagna\u00e7\u00e3o do fluxo sangu\u00edneo, o que pode levar \u00e0 forma\u00e7\u00e3o de co\u00e1gulos. Este co\u00e1gulo pode ser libertado para o sistema circulat\u00f3rio e dar origem a um acidente vascular cerebral ou embolismo sist\u00e9mico. O risco de forma\u00e7\u00e3o de co\u00e1gulos \u00e9 maior se estiverem presentes determinadas comorbidades como, por exemplo, press\u00e3o arterial elevada ou idade avan\u00e7ada. Para prevenir o acidente vascular cerebral em pacientes de maior risco, s\u00e3o recomendados geralmente medicamentos coloquialmente chamados de \u201canticoagulantes\u201d. O seu m\u00e9dico calcular\u00e1 o seu risco e conversar\u00e1 consigo sobre as vantagens e os poss\u00edveis riscos de tomar um medicamento anticoagulante. Devem decidir em conjunto (\u201ctomada de decis\u00e3o partilhada\u201d) se inicia ou n\u00e3o esse tipo medica\u00e7\u00e3o. <\/p>\n

Para saber mais sobre a tomada de decis\u00e3o partilhada para anticoagula\u00e7\u00e3o e por que motivo \u00e9 importante participar ativamente na decis\u00e3o, leia o seguinte artigo escrito especificamente para pacientes:<\/p>\n

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Pacientes, familiares e profissionais de sa\u00fade que tomam decis\u00f5es em conjunto sobre o in\u00edcio do tratamento anticoagulante para prevenir o acidente vascular cerebral em pacientes com um ritmo card\u00edaco irregular \u201d (European Journal of Cardiovascular Nursing, Science for Patients).<\/a><\/p><\/blockquote>\n<\/div>\n

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Qual \u00e9 o meu risco de acidente vascular cerebral?<\/h3>\n

O m\u00e9dico j\u00e1 deve ter discutido consigo o risco de ter um acidente vascular cerebral associado \u00e0 fibrilha\u00e7\u00e3o auricular. Este \u00e9 calculado utilizando o score CHA2DS2- VASc. Os seguintes fatores aumentam o seu risco: insufici\u00eancia card\u00edaca congestiva – 1 ponto, hipertens\u00e3o – 1 ponto, idade \u2265 65 – 1 ponto, \u2265 75 – 2 pontos, diabetes – 1 ponto, acidente vascular cerebral anterior ou ataque isqu\u00e9mico transit\u00f3rio – 2 pontos, doen\u00e7a vascular (doen\u00e7a arterial perif\u00e9rica, infarto do mioc\u00e1rdio anterior, ateroma a\u00f3rtico) – 1 ponto e sexo feminino tamb\u00e9m conta 1 ponto.<\/p>\n

De acordo com o n\u00famero de pontos e, portanto, score CHA2DS2- VASc, o risco de ocorr\u00eancia de um acidente vascular cerebral aumenta de 1,3% por ano (se o score CHA2DS2- VASc = 1), para 15,2% por ano (se o score CHA2DS2- VASc = 9).<\/p>\n

Avaliar o risco de acidente vascular cerebral se tiver fibrilha\u00e7\u00e3o auricular – calculadora online<\/strong><\/a><\/p>\n

Algumas pessoas t\u00eam ataques de fibrilha\u00e7\u00e3o auricular que terminam espontaneamente e alguns s\u00e3o assintom\u00e1ticos. De acordo com o seu risco de acidente vascular cerebral, pode necessitar de tomar anticoagulantes durante toda a vida, mesmo depois da restaura\u00e7\u00e3o do ritmo para um n\u00edvel normal.<\/p>\n

Diluentes de sangue (Anticoagulantes)<\/h3>\n

Os diluentes de sangue s\u00e3o medicamentos que prolongam o tempo de coagula\u00e7\u00e3o do sangue, prevenindo a forma\u00e7\u00e3o de trombos (co\u00e1gulos). Os iluentes de sangue podem ser antagonistas da vitamina K ou medicamentos anticoagulantes orais n\u00e3o antagonistas da vitamina K, tamb\u00e9m designados novos anticoagulantes orais (NOAC) ou anticoagulantes orais diretos (DOAC).<\/p>\n

\"\"<\/p>\n

Antagonistas da vitamina K<\/strong>
\n(varfarina, acenocumarol, fenprocumona)
\nOs antagonistas da vitamina K s\u00e3o os anticoagulantes mais antigos. Reduzem a capacidade de o sangue formar co\u00e1gulos. Se o m\u00e9dico lhe prescrever um destes medicamentos, deve seguir cuidadosamente as instru\u00e7\u00f5es do seu m\u00e9dico.<\/p>\n

Ter\u00e1 de fazer an\u00e1lises regulares ao sangue para monitorizar os efeitos anticoagulantes do medicamento. Isto \u00e9 medido pelo \u201cINR\u201d ou \u00edndice normalizado internacional. Normalmente, os pacientes que n\u00e3o tomam anticoagulantes, t\u00eam co\u00e1gulos sangu\u00edneos com um INR de cerca de 1. Para reduzir o risco de acidente vascular cerebral em doentes com fibrilha\u00e7\u00e3o auricular, o INR deve estar entre 2 e 3. Dependendo desta medi\u00e7\u00e3o, a dosagem dos medicamentos ser\u00e1 adaptada individualmente. \u00c9 de extrema import\u00e2ncia que fa\u00e7a esta an\u00e1lise ao sangue regularmente para garantir que a dosagem que est\u00e1 a tomar \u00e9 adequada e que n\u00e3o est\u00e1 em risco. A dosagem tomada pode variar de pessoa para pessoa e ao longo do tempo.<\/p>\n

Al\u00e9m disso, \u00e9 importante que saiba que os alimentos que cont\u00eam uma elevada quantidade de vitamina K podem neutralizar os antagonistas da vitamina K. Se a sua alimenta\u00e7\u00e3o for rica em vitamina K, provavelmente precisar\u00e1 de uma dosagem mais alta do medicamento anticoagulante.<\/p>\n

NOAC<\/strong>
\nEstes medicamentos incluem dabigatrano, rivaroxabano, apixabano e edoxabano. S\u00e3o de a\u00e7\u00e3o mais curta do que os antagonistas da vitamina K e normalmente n\u00e3o requerem an\u00e1lises ao sangue regulares ou monitoriza\u00e7\u00e3o pelo seu m\u00e9dico.<\/p>\n

Se lhe forem prescritos NOAC, o m\u00e9dico ter\u00e1 de monitorizar a sua fun\u00e7\u00e3o renal. Se a fun\u00e7\u00e3o renal deteriorar, poder\u00e1 ser necess\u00e1rio reduzir a dose do medicamento.<\/p>\n

Estes medicamentos podem ser tomados sem ser necess\u00e1rio monitorizar o INR e n\u00e3o s\u00e3o influenciados por alimentos, outros medicamentos e \u00e1lcool. O dabigatrano e o apixabano s\u00e3o tomados duas vezes por dia e o rivaroxabano e o edoxabano podem ser tomados uma vez por dia. \u00c9 extremamente importante que um NOAC seja tomado todos os dias conforme prescrito pelo seu m\u00e9dico.<\/p>\n

Efeitos secund\u00e1rios<\/h3>\n

Risco de hemorragia (com anticoagulante)<\/strong><\/p>\n

O efeito secund\u00e1rio mais comum que ocorre com todos os medicamentos anticoagulantes \u00e9 a hemorragia. Na maioria dos casos, a hemorragia n\u00e3o \u00e9 grave, como hematomas ou uma pequena hemorragia nasal. Cerca de 1 a 2% das pessoas que tomam diluentes de sangue ter\u00e3o hemorragias mais graves que podem requerer uma transfus\u00e3o de sangue e a interrup\u00e7\u00e3o do tratamento anticoagulante. O efeito secund\u00e1rio de hemorragia mais grave da medica\u00e7\u00e3o anticoagulante \u00e9 hemorragia no c\u00e9rebro, conhecida como “hemorragia intracraniana”. Fale com o m\u00e9dico se estiver preocupado com o risco de hemorragia associado \u00e0 sua medica\u00e7\u00e3o anticoagulante. O m\u00e9dico avaliar\u00e1 o risco individual de acidente vascular cerebral e ponderar\u00e1 o risco de hemorragia com um medicamento anticoagulante.<\/p>\n

O m\u00e9dico pode calcular o seu risco de hemorragia antes de lhe ser oferecido um dos medicamentos anticoagulantes utilizando um score de risco. Um exemplo de um score de risco de hemorragia utilizada habitualmente \u00e9 o score HAS-BLED.<\/p>\n

Avaliar o seu risco de hemorragia se tomar medicamentos anticoagulantes – calculadora online<\/strong><\/p>\n

 <\/p>\n

Oclusores LAA<\/strong>
\nO m\u00e9dico tamb\u00e9m pode sugerir um procedimento para ocluir o ap\u00eandice auricular esquerdo (uma bolsa na c\u00e2mara superior esquerda do cora\u00e7\u00e3o) onde se formam frequentemente co\u00e1gulos.<\/p>\n

O procedimento em si \u00e9 realizado por via percut\u00e2nea, com anestesia local. \u00c9 inserido um cateter atrav\u00e9s de uma veia na virilha e colocado na c\u00e2mara superior esquerda (\u00e1trio esquerdo). Um dispositivo tipo obturador (oclusor do ap\u00eandice auricular esquerdo) \u00e9 colocado esvaziado no ap\u00eandice e expandido para ocluir completamente a cavidade do ap\u00eandice auricular esquerdo. O principal objetivo de fechar o ap\u00eandice auricular esquerdo \u00e9 evitar que os trombos se movam do ap\u00eandice auricular esquerdo para o \u00e1trio e ventr\u00edculo esquerdos. Este procedimento \u00e9 recomendado principalmente para doentes com maior risco de co\u00e1gulos sangu\u00edneos e contraindica\u00e7\u00e3o a anticoagulantes devido ao risco muito elevado de hemorragia (muitas vezes devido a acontecimentos hemorr\u00e1gicos anteriores com risco de vida).<\/p>\n

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Porque \u00e9 que corro o risco de ter um acidente vascular cerebral? Na fibrilha\u00e7\u00e3o auricular, a contra\u00e7\u00e3o auricular \u00e9 reduzida, causando o abrandamento ou mesmo a estagna\u00e7\u00e3o do fluxo sangu\u00edneo, o que pode levar \u00e0 forma\u00e7\u00e3o de co\u00e1gulos. Este co\u00e1gulo pode ser libertado para o sistema circulat\u00f3rio e dar origem a um acidente vascular cerebral […]<\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":0,"parent":1956,"menu_order":20,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","template":"","meta":[],"categories":[77],"tags":[],"acf":[],"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/www.afibmatters.org\/pt-pt\/wp-json\/wp\/v2\/pages\/1982"}],"collection":[{"href":"https:\/\/www.afibmatters.org\/pt-pt\/wp-json\/wp\/v2\/pages"}],"about":[{"href":"https:\/\/www.afibmatters.org\/pt-pt\/wp-json\/wp\/v2\/types\/page"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.afibmatters.org\/pt-pt\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.afibmatters.org\/pt-pt\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=1982"}],"version-history":[{"count":7,"href":"https:\/\/www.afibmatters.org\/pt-pt\/wp-json\/wp\/v2\/pages\/1982\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":7404,"href":"https:\/\/www.afibmatters.org\/pt-pt\/wp-json\/wp\/v2\/pages\/1982\/revisions\/7404"}],"up":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.afibmatters.org\/pt-pt\/wp-json\/wp\/v2\/pages\/1956"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/www.afibmatters.org\/pt-pt\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=1982"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/www.afibmatters.org\/pt-pt\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=1982"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/www.afibmatters.org\/pt-pt\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=1982"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}